Itaú e Inter: Conflito de cores no universo do branding financeiro
A disputa das cores entre grandes marcas não é novidade, e o recente embate entre Itaú e Inter evidenciou mais uma vez a importância estratégica do branding na indústria financeira. Desta vez, a polêmica gira em torno do laranja, cor associada ao Itaú por décadas e recentemente adotada pelo banco Inter.
Mudanças significativas no universo visual das marcas costumam ser resultado de estudos extensos e consultorias especializadas, como no caso do Itaú, que levou 22 meses para desenvolver sua nova identidade visual com a consultoria estratégica da empresa americana Pentagram.
A questão controversa sobre a propriedade das cores no branding foi discutida por especialistas em construção de marca. Segundo Jaime Troiano, presidente da consultoria TroianoBranding, nenhuma marca é dona exclusiva de uma cor, porém o Itaú é considerado o “dono perceptual” do laranja, conquistando essa associação ao longo de sua história de mercado. Outro ponto levantado foi que a identidade de uma marca vai além do logo, o que reforça a importância das estratégias de branding abrangerem a totalidade da experiência do consumidor.
A tendência de simplificação e naturalidade no design de logos também foi abordada, com exemplos de outras marcas que passaram por processos de rebranding com foco na simplificação de seus símbolos visuais.
Portanto, a disputa entre Itaú e Inter vai além do embate de cores, levantando questões fundamentais sobre a construção e proteção de marcas no mercado financeiro. Em um setor altamente competitivo, a estratégia de branding é crucial para a diferenciação e consolidação das marcas, refletindo não apenas cores, mas também valores, história e identidade visual.